Old Brutalism
August 2021. Bierpinsel, Berlin, GE
Enquanto estudante de arquitetura desenvolvi um gosto especial por uma espécie especifica, maioritariamente de gigantes. Pesados e robustos mostram-se tradicionalmente crus, com um tom por vezes rude. Existem alguns deles em Berlim, ainda… têm vindo a desaparecer. A admiração por eles não é um sentimento generalizado.
De bicicleta na mão e mochila às costas, eu e a Raquel estávamos decididos a visitá-los. Da boa aventura saiu esta fotografia. Mostra o icónico edifício brutalista Bierpinsel, localizada na Schloßstraße. Não muito frequentemente os edifícios brutalistas se desligam do solo e avançam em direção ao céu, mas este é um desses exemplos. Ainda assim, mostra a sua massa.
O curioso desta história é que o registo em nada espelha a emoção do momento. Estamos em cima do viaduto, o sol estava forte. O contínuo movimento dos carros, infinito, reduziu o momento a uma das variáveis: ao ruido. Era difícil prestar atenção ao que realmente queria.
Neste registo reconheço o dom de traduzir tudo, sem hierarquizar uma ou outra variável.
As a student of architecture I developed a special taste for a specific species, mostly giants. Heavy and robust they are traditionally raw, with a sometimes rough tone. There are a few of them in Berlin, still… they have been disappearing. The admiration for them is not a widespread feeling.
With bicycle in hand and backpack on back, Raquel and I were determined to visit them. Out of the good adventure came this photograph. It shows the iconic brutalist building Bierpinsel, located on Schloßstraße. Not very often do brutalist buildings disconnect from the ground and move towards the sky, but this is one such example. Still, it shows its mass.
The curious thing about this story is that the record in no way mirrors the emotion of the moment. We are on top of the viaduct, the sun was strong. The continuous movement of the cars, infinite, reduced the moment to one variable: the noise. It was difficult to pay attention to what I really wanted.
In this register I recognise the gift of translating everything, without hierarchising one variable or another.